Timeline COPs

As Conferências das Partes (COPs) são encontros anuais organizados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), com o objetivo de discutir e negociar ações globais para enfrentar as mudanças climáticas.

Surgimento e contexto histórico

O debate sobre mudanças climáticas ganhou força na década de 1980, à medida que cientistas e organizações internacionais começaram a alertar sobre o impacto das emissões de gases de efeito estufa no aquecimento global. Esse tema culminou na Cúpula da Terra (Rio-92), onde foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

A UNFCCC entrou em vigor em 1994, estabelecendo um compromisso global para estabilizar as emissões de gases de efeito estufa e prevenir interferências perigosas no sistema climático. A partir disso, a primeira COP (COP1) foi realizada em 1995, em Berlim, Alemanha, marcando o início das negociações internacionais sobre o clima.

O que acontece em uma COP?

Durante as COPs, representantes de quase 200 países se reúnem para:

Avaliar o progresso dos compromissos climáticos globais.
Negociar novos acordos e metas de redução de emissões.
Definir mecanismos financeiros e de adaptação para países vulneráveis.
Discutir tecnologias sustentáveis e soluções inovadoras para o clima.

As COPs resultaram em marcos históricos, como o Protocolo de Quioto (1997), o Acordo de Paris (2015) e a criação do Fundo de Perdas e Danos (2022).

Hoje, as COPs são fundamentais para coordenar a resposta global às mudanças climáticas, influenciando políticas públicas, mercados de carbono e investimentos em energia limpa.

Abaixo uma timeline com um resumo de todas as COPs e com a temperatura média ano a ano comparada ao período pré revolução industrial.

+ 1,55ºC

2025

Expectativa de um novo ciclo de metas climáticas e maior protagonismo dos países amazônicos.

A COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025, é uma conferência da ONU sobre mudanças climáticas. A expectativa é que o evento seja fundamental para discutir o financiamento da Amazônia e o combate às mudanças climáticas. 

Expectativas

  • Que o Brasil retome o debate e avance em acordos para a preservação ambiental e climática
  • Que a conferência renove compromissos com a redução das emissões de gases poluentes
  • Que a conferência termine debates que o Azerbaijão não concluiu
  • Que a conferência discuta a importância do financiamento para a preservação das florestas
  • Que a conferência discuta a adaptação às mudanças climáticas
  • Que a conferência discuta a cooperação internacional
  • Que a conferência discuta sistemas alimentares sustentáveis
  • Que a conferência discuta sistemas de saúde que possam atender a emergências como desastres climáticos
  • Que a conferência discuta a transição energética

+ 1,54ºC

2024

Foco no financiamento climático, com negociações para metas financeiras mais ambiciosas.

A COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro de 2024, estabeleceu um acordo para triplicar o financiamento climático para países em desenvolvimento. O objetivo é chegar a US$ 300 bilhões anuais até 2035.

O que foi acordado?

  • O acordo estabelece o “Roteiro Baku a Belém para 1,3T”.
  • Até 2025, os países devem acordar uma trajetória para escalonar o financiamento climático.
  • O acordo aprova regras de mercado de carbono internacional.

 

O que foi criticado?

  • O acordo foi criticado por ser insuficiente para expandir o número de países contribuintes.
  • O acordo foi criticado por ser frágil.
  • O acordo foi criticado por não ter avanços suficientes no financiamento climático.

 

O que o financiamento climático ajudará?

  • O financiamento climático ajudará as nações vulneráveis a enfrentar perdas e danos causados pelas mudanças climáticas.
  • O financiamento climático apoiará esforços de adaptação a desastres e desenvolvimento de sistemas de energia limpa.

+ 1,46ºC

2023

Primeiro Balanço Global do Acordo de Paris.

Compromisso para a transição dos combustíveis fósseis.

O Primeiro Balanço Global do Acordo de Paris é a mais completa avaliação do combate global às mudanças climáticas até o momento, reunindo mais de 1,6 mil documentos de diversas fontes, além de contribuições a partir de consultas não apenas com cientistas, mas também governos, cidades, empresas, agricultores, povos indígenas, líderes da sociedade civil, entre outros. 

O compromisso para a transição dos combustíveis fósseis foi aprovado na COP28, que aconteceu em 2023. O acordo estabelece que os países devem abandonar os combustíveis fósseis de forma justa e ordenada até 2050. 

Compromissos

  • Até 2030, triplicar a capacidade de produção de energia renovável 
  • Até 2030, duplicar a eficiência energética 
  • Reduzir as emissões de gases do efeito estufa 
  • Manter o aquecimento global em 1,5°C, em média, em relação aos níveis pré-industriais 

 

Implementação

  • Os países são responsáveis por cumprir os termos do acordo por meio de políticas e investimentos. 
  • Ações para reduzir o uso de combustíveis fósseis 
  • Investir em ciclovias e veículos elétricos
  • Diversificar a matriz energética
  • Incentivar tecnologias de baixa emissão
  • Capturar, utilizar e armazenar carbono
  • Utilizar biomassa, que é matéria orgânica obtida da decomposição de plantas, madeira, resíduos agrícolas, restos de alimentos, excrementos e lixo

+ 1,16ºC

2022

Criação do Fundo de Perdas e Danos para países vulneráveis.

O Fundo de Perdas e Danos foi criado na COP 27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que aconteceu em Sharm El Sheikh, no Egito, entre 6 e 18 de novembro de 2022. 

O que é o Fundo de Perdas e Danos?

  • É um fundo de compensação para países que são mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas 
  • É uma antiga reivindicação dos países mais pobres 
  • Deve fornecer assistência financeira às nações mais afetadas por eventos climáticos extremos, como inundações, secas e incêndios

+ 1,12ºC

2021

Pacto Climático de Glasgow, reforçando a meta de 1,5°C e a eliminação progressiva do carvão.

O Pacto Climático de Glasgow é um acordo resultante da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26). O pacto visa reduzir as emissões de carbono e limitar o aquecimento global a 1,5 °C. 

Principais compromissos 

  • Reduzir as emissões globais de carbono em 45% até 2030
  • Alcançar emissões líquidas zero até meados do século
  • Reduzir subsídios a combustíveis fósseis ineficientes
  • Aumentar o financiamento climático para os países em desenvolvimento
  • Definir uma meta global de adaptação às mudanças climáticas
  • Reduzir gradualmente o uso de carvão
  • Reduzir as emissões de metano em 30% até 2030

 

Outros compromissos 

  • Empresas podem participar do Balanço Global 2030
  • Países devem enviar informações sobre suas emissões e apoio financeiro
  • Países devem usar marcos temporais comuns para seus compromissos climáticos
  • Países devem acelerar a transição para energia de baixa emissão

+ 1,29ºC

2020

O mundo parou

+ 1,25ºC

2019

Discussões sobre mercados de carbono (Artigo 6 do Acordo de Paris), sem avanços significativos.

+ 1,12ºC

2018

Regulamento de Katowice, definindo as regras para implementar o Acordo de Paris.

Katowice Climate Package: governança e transparência para o acordo de Paris, ele definiu os instrumentos que os países signatários devem adotar, permitindo que seja possível não só acompanhar o nível de emissão desses países, e se eles correspondem aos compromissos assumidos, mas também tornando os países responsáveis por suas emissões.

+ 1,21ºC

2017

Foco na operacionalização do Acordo de Paris.

+ 1,30ºC

2016

Detalhamento da implementação do Acordo de Paris.

+ 1,19ºC

2015

Adoção do Acordo de Paris, visando limitar o aquecimento global a 1,5°C a 2°C.

O Acordo de Paris é um tratado internacional que visa limitar o aquecimento global e combater as alterações climáticas. Foi aprovado em 2015 por mais de 190 países reunidos em uma cúpula climática das Nações Unidas em Paris. 

Objetivos

  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa 
  • Adaptar-se aos impactos das alterações climáticas 
  • Fortalecer a capacidade dos países para lidar com os impactos das alterações climáticas 
  • Criar uma estrutura para monitorar e relatar as metas climáticas dos países 

 

Implementação

  • O Acordo entrou em vigor em 4 de novembro de 2016 
  • Os países signatários criaram suas próprias Contribuições Nacionais Determinadas (NDC) 
  • O Acordo fornece um caminho para os países desenvolvidos auxiliarem os países em desenvolvimento 
  • Os Estados Unidos saíram do Acordo durante o governo de Donald Trump, mas voltaram a seguir o tratado em 2021, no governo de Joe Biden

 

Considerações

  • O Acordo não estabeleceu metas específicas para cada país signatário 
  • A mudança climática acelerou e o planeta está aquecendo em um ritmo que nem mesmo os cientistas previram 

+ 1,04ºC

2014

Chamado de Lima para Ação Climática

Definição dos INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas).

As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (iNDCs) são documentos que reúnem as metas que cada país pretende assumir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

O que são as iNDCs? 

  • São documentos voluntários que os países submetem à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
  • Foram a base para o acordo do clima negociado na COP 21, em Paris
  • Após a ratificação do Acordo de Paris, as iNDCs passaram a ser chamadas de NDCs e a ter valor legal

 

O que são as NDCs?

  • São compromissos climáticos que cada país assume para reduzir emissões e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas 
  • Os países concordaram em apresentar novas NDCs a cada cinco anos 
  • As NDCs devem refletir a “maior ambição possível” 
  • O Brasil apresentou sua iNDC em 2015, com metas de redução de 37% das emissões de GEE até 2025 e de 43% até 2030

+ 0,99ºC

2013

Mecanismo de Perdas e Danos de Varsóvia, para apoiar países impactados por eventos climáticos extremos.

O Mecanismo Internacional de Varsóvia é um instrumento de cooperação internacional que visa lidar com perdas e danos causados por eventos climáticos extremos. Foi criado em 2013, durante a COP 19, sob a égide da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). 

Objetivos do Mecanismo de Varsóvia 

  • Aumentar o conhecimento sobre perdas e danos
  • Fortalecer o diálogo entre as partes interessadas
  • Mobilizar especialistas para reforçar a ação e o apoio
  • Ampliar a ação e o suporte, incluindo financiamento, tecnologia e capacitação

 

Como o Mecanismo de Varsóvia funciona

  • O Mecanismo de Varsóvia reúne dados, informações, expertise e outros recursos 
  • O Mecanismo de Varsóvia alimenta a tomada de decisões informadas nos níveis nacional e internacional 
  • O Mecanismo de Varsóvia trabalha em parceria com órgãos e grupos de especialistas existentes no âmbito do Acordo, bem como com organizações e órgãos especializados externos ao Acordo 

+ 0,94ºC

2012

Extensão do Protocolo de Quioto até 2020

+ 0,90ºC

2011

Plataforma de Durban, base para um novo acordo global (futuro Acordo de Paris).

A Plataforma de Durban é um conjunto de acordos firmados na 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-17), em 2011. A conferência foi realizada na cidade de Durban, na África do Sul. 

A Plataforma de Durban foi um marco importante nas negociações climáticas globais, pois estabeleceu um plano para um novo pacto climático global. O acordo incluiu todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, no compromisso de combater as mudanças climáticas. 

Entre os principais resultados da Plataforma de Durban estão:

  • A definição de metas de redução de gases para todas as nações 
  • A aprovação do Fundo Verde para o Clima, um caixa financeiro de US$ 100 bilhões anuais para ajudar os países em desenvolvimento 
  • A aprovação dos mecanismos de funcionamento do Fundo Verde para o Clima 
  • A capitalização do Fundo Verde para o Clima 

 

A Plataforma de Durban foi um divisor de águas na política global, pois marcou o início da negociação de um novo regime global legal para mudança climática. 

+ 1,04ºC

2010

Criação do Fundo Verde para o Clima (GCF)

Trata-se de um fundo climático global estabelecido como Mecanismo Financeiro da UNFCCC e do Acordo de Paris para os países em desenvolvimento. Desde a aprovação do primeiro projeto, financiado em 2015, o GCF tem avançado na construção de um portfólio de mais de 100 projetos, dos quais 13 com atuação no Brasil até 2024.

O objetivo do GCF é apoiar os países em desenvolvimento a alcançar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (em inglês, Nationally Determined Contribution – NDC) através de financiamento e projetos ou programas de mitigação e adaptação climática. O GCF pode direcionar recursos para apoiar o fortalecimento das entidades nacionais (Direct Access Entities – DAEs), o que significa que o financiamento climático é canalizado diretamente para os países. O GCF desenvolveu várias formas de assistência para encorajar o acesso direto aos recursos do fundo, incluindo nomeação estratégica de entidades nacionais no fundo (DAEs), desenvolvimento de projetos, capacitação e fortalecimento institucional.

O GCF é o maior fundo climático do mundo e sua sede é na Coréia do Sul. As contribuições de países desenvolvidos que são signatários da Convenção são a principal fonte de financiamento do GCF. Os recursos também são retirados de alguns países em desenvolvimento, regiões e cidades, bem como empresas privadas e organizações filantrópicas.

O GCF atua sob quatro princípios:

  1. Planejamento integrado e transformador: promover estratégias, planejamento e formulação de políticas integradas para maximizar os co-benefícios entre mitigação, adaptação e desenvolvimento sustentável.
  2. Inovação climática: investir em novas tecnologias, modelos de negócios e práticas climáticas inovadoras.
  3. Redução de riscos de investimentos: utilizar o financiamento misto para mobilizar financiamento em escala e atrair financiamento privado.
  4. Integração de riscos e oportunidades climáticos na tomada de decisões:  promover metodologias, padrões e práticas que acionam novas normas e valores sustentáveis.

+ 0,96ºC

2009

Fracasso do Acordo de Copenhague, devido à falta de consenso sobre compromissos obrigatórios.

+ 0,83ºC

2008

Debate sobre financiamento para mitigação e adaptação.

+ 0,95ºC

2007

Plano de Ação de Bali, iniciando negociações para um novo acordo pós-Quioto.

O Plano de Ação de Bali foi um documento estratégico acordado na COP 13, em 2007, que estabeleceu as bases para as negociações sobre o clima global. O documento foi um passo importante para a inclusão de países em desenvolvimento nas negociações. 

Objetivos 

  • Estabelecer ações de mitigação nacionais e internacionais
  • Estabilizar a concentração de gases que causam o efeito estufa
  • Ampliar a participação dos países em desenvolvimento nas ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas
  • Reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa
  • Erradicar a pobreza

 

Principais pontos

  • A urgência de atingir metas a longo prazo 
  • A necessidade de um ponto de vista comum sobre as medidas de cooperação de longo prazo 
  • A necessidade de medidas de mitigação adequadas a cada país em desenvolvimento 
  • A necessidade de apoio tecnológico, financeiro e de capacitação adequados 

 

O Roteiro de Bali foi um passo fundamental para o Acordo de Paris, que substituiu o Protocolo de Kyoto após 2012. 

+ 0,93ºC

2006

Criação do Fundo de Adaptação para países vulneráveis.

+ 0,97ºC

2005

Entrada em vigor do Protocolo de Quioto.

Discussão sobre a segunda fase de compromissos pós-2012.

+ 0,83ºC

2004

Revisão dos impactos das mudanças climáticas e ampliação de mecanismos financeiros.

+ 0,91ºC

2003

Avanços na regulamentação do Mercado de Carbono.

+ 0,91ºC

2002

Foco na adaptação e na necessidade de financiamento para países em desenvolvimento.

+ 0,85ºC

2001

Regulamentação dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Criação do Fundo de Adaptação.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é regulamentado pelo Protocolo de Quioto e por outras normas, como a Resolução nº 1/2003 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. 

  • O MDL foi criado em 1997 para ajudar os países a cumprirem as suas metas de redução de emissões. 
  • O MDL baseia-se no artigo 12 do Protocolo de Quioto. 
  • A Resolução nº 1/2003 reproduz os princípios do MDL definidos no Protocolo de Quioto.
  • A Resolução define a RCE (Redução Certificada de Emissões) como uma unidade emitida em conformidade com o Artigo 12 do Protocolo.
  • O Conselho Executivo do MDL é responsável por elaborar e melhorar as regras existentes. 
  • O Conselho Executivo do MDL também decide se um projeto de MDL deve ser registrado. 
  • O Painel de Metodologia do MDL é responsável por analisar e propor recomendações sobre novas metodologias de linha de base e de monitoramento. 

 

O MDL permite que os países desenvolvidos comprem créditos de carbono dos países em desenvolvimento. 

O Fundo de Adaptação (AF) foi criado em 2001, na COP-7 de Marraquexe, Marrocos. O objetivo do fundo é financiar projetos de adaptação a mudanças climáticas em países em desenvolvimento. 

  • O Fundo de Adaptação foi criado no âmbito do Protocolo de Kyoto da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. 
  • O fundo é financiado por receitas de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), contribuições de governos, do setor privado e de pessoas físicas. 
  • O Fundo de Adaptação financia projetos de adaptação, programas de capacitação e resposta a eventos extremos climáticos.

 

Outros fundos criados na COP-7 

  • O Fundo dos Países Menos Desenvolvidos (Least Developed. Countries Fund — LDCF)
  • O Fundo Especial para Mudança Climática (Special Climate Change Fund. — SCCF)

 

Objetivos da COP-7 

  • Definir mecanismos de flexibilização
  • Limitar o uso de créditos de carbono gerados de projetos florestais do MDL
  • Estabelecer fundos de ajuda a países em desenvolvimento

+ 0,85ºC

2001

Acordo de Bonn: operacionalização do Protocolo de Quioto, incluindo mecanismos de mercado e fundos de financiamento.

O Acordo de Bonn de 2001 foi a segunda parte da sexta Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-6-II). O evento aconteceu na Alemanha, entre 16 e 27 de julho de 2001. 

Entre os principais resultados do Acordo de Bonn de 2001 estão: 

  • A aprovação do uso de sumidouros para cumprir metas de emissão
  • Discussões sobre limites de emissão para países em desenvolvimento
  • Discussões sobre a assistência financeira dos países desenvolvidos

 

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima tem como objetivo estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. O tratado não fixou, inicialmente, limites obrigatórios para as emissões de GEE. 

+ 0,69ºC

2000

Debate sobre mecanismos de flexibilidade e financiamento para mitigação e adaptação.

Conferência fracassou devido a desacordos entre União Europeia e EUA.

+ 0,69ºC

1999

Enfoque técnico e operacional para a implementação do Protocolo de Quioto.

+ 0,94ºC

1998

Plano de Ação de Buenos Aires, que detalhou mecanismos para implementação do Protocolo de Quioto.

O Plano de Ação de Buenos Aires (PABA) foi um acordo climático internacional assinado em 1998. O acordo foi estabelecido durante a 4ª Conferência das Partes (COP 4) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). 

O PABA foi o primeiro esforço coletivo para sistematizar a cooperação para o desenvolvimento entre países do Sul global. O acordo estabeleceu objetivos e recomendações, como: Cooperação horizontal, Respeito à soberania, Não ingerência, Busca do benefício mútuo, Apoio financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento.

O PABA foi um consenso com o seio das Nações Unidas. O acordo foi considerado “sumamente importante para orientar os países”.

O PABA assentou as bases do que hoje conhecemos como Cooperação Sul-Sul. O acordo teve uma evolução crescente e relevante nos países ibero-americanos, África e Ásia.

+ 0,78ºC

1997

Adoção do Protocolo de Quioto, que estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para países desenvolvidos.

Introdução dos mecanismos de flexibilização, como o Mercado de Carbono.

O Protocolo de Kyoto foi um acordo internacional que estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Foi assinado em 1997 e entrou em vigor em 2005. 

Objetivos 

  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2)
  • Estimular o desenvolvimento sustentável
  • Criar formas de contabilizar as reduções de carbono

 

Implementação

  • O Protocolo de Kyoto foi um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 
  • Os países desenvolvidos foram os principais responsáveis por cumprir as metas de redução de emissões 
  • Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não tinham metas para adoção 
  • O Protocolo de Kyoto foi substituído pelo Acordo de Paris em 2016 

 

Desafios

  • Os Estados Unidos abandonaram o Protocolo de Kyoto em 2001, alegando que as metas comprometeriam o desenvolvimento econômico 
  • O Canadá saiu do Protocolo em 2011 
  • O rápido crescimento econômico de economias emergentes pode frustrar as pretensões do Protocolo de Kyoto 

+ 0,64ºC

1996

Reconhecimento oficial do Segundo Relatório do IPCC, que reforçou evidências científicas sobre as mudanças climáticas.

Compromisso dos países desenvolvidos com metas mais rígidas.

O segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) foi publicado em 1996. O relatório, intitulado Mudança Climática 1995, sugeriu que as mudanças climáticas eram causadas principalmente por atividades humanas. 

O que o relatório de 1996 do IPCC afirmava?

  • Era pouco provável que as alterações de temperatura nos últimos 100 anos fossem naturais 
  • As pesquisas analisadas indicavam a influência humana como a principal causa das mudanças climáticas 
  • O relatório teve um papel importante na preparação para a adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997 

 

O que é o IPCC?

O IPCC é um painel intergovernamental que foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O objetivo do IPCC é fornecer avaliações científicas sobre as mudanças climáticas. 

+ 0,74ºC

1995

Início das discussões sobre compromissos mais concretos para países desenvolvidos.

Estabelecimento do Mandato de Berlim, que abriu caminho para negociações do Protocolo de Quioto.

O Mandato de Berlim foi um acordo estabelecido em 1995, na primeira Conferência das Partes (COP 1) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O acordo foi um consenso entre os países para combater o efeito estufa. 

O que foi decidido no Mandato de Berlim?

  • Foi criado o Ad Hoc sobre o Mandato de Berlim (AGBM), um grupo de trabalho que redigiu um esboço de protocolo ambiental 
  • Os países incluídos no Anexo I da Convenção deveriam elaborar políticas e medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa 
  • Os países não incluídos no Anexo I reafirmaram os compromissos existentes 

 

O que resultou do Mandato de Berlim?

  • O Mandato de Berlim foi um dos principais resultados da COP 1 
  • O AGBM encaminhou o resultado de suas deliberações, dando origem ao Protocolo de Kyoto 
  • O Protocolo de Kyoto definiu metas mais rígidas para a redução das emissões de gases de efeito estufa 

+ 0,49ºC

1992

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+ 0,61ºC

1987

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- 0,14ºC

1890

- 0,07ºC

1861

Fontes:

História das COPs fornecida por Ricardo Oliani

Mais informações em https://unfccc.int/process/bodies/supreme-bodies/conference-of-the-parties-cop 

Fonte temperaturas anuais: Met Office Hadley Centre – HadCRUT5 (2025). Disponível em https://ourworldindata.org/grapher/temperature-anomaly

Met Office Hadley Centre – HadCRUT5 (2025) – with major processing by Our World in Data. “Global average temperature anomaly relative to 1861-1890” [dataset]. Met Office Hadley Centre, “HadCRUT5 HadCRUT.5.0.2.0” [original data].

O que você deve saber sobre estes dados de temperatura Met Office Hadley Centre – HadCRUT5

Anomalias de temperatura mostram quantos graus Celsius as temperaturas mudaram em comparação com o período de 1861 a 1890. Este período de referência é comumente usado para destacar as mudanças na temperatura desde os tempos pré-industriais, antes de grandes impactos humanos.

Médias e anomalias de temperatura são calculadas para todas as superfícies terrestres e oceânicas.

Os dados incluem medições separadas para os hemisférios Norte e Sul, o que ajuda os pesquisadores a analisar as diferenças regionais.

A anomalia de temperatura global é a média das medições de ambos os hemisférios.

Apesar das diferentes abordagens, o HadCRUT4 e outros métodos mostram tendências semelhantes de temperatura global.

O conjunto de dados de temperatura próxima à superfície HadCRUT5 é produzido pela combinação de dados do conjunto de dados de temperatura do ar na superfície CRUTEM5 e do conjunto de dados de temperatura da superfície do mar HadSST4.

As anomalias de temperatura são baseadas no conjunto de dados de temperatura próxima à superfície HadCRUT5, conforme publicado pelo Met Office Hadley Centre.